HomeBlogTríade na MídiaComo garantir o espaço de troca da escola através de um computador?

Como garantir o espaço de troca da escola através de um computador?

Por meio do ensino híbrido, a Escola Italiana Eugenio Montale, em São Paulo, enfrentou o desafio de adaptar a processo didático e de manter o protagonismo dos estudantes mesmo a distância

Para a educadora Paola Capraro, a escola é um espaço de pertencimento. Um espaço rico de reencontros, questionamentos, inquietudes e, acima de tudo, vida.

E como transportar este universo tão amplo para a tela do computador? Este foi o principal desafio enfrentado pela Escola Italiana Eugenio Montale, em São Paulo (SP), no processo de adaptação às restrições impostas pela pandemia do COVID-19.

Diretora da escola bilíngue, Paola explica que após um período com aulas 100% remotas, a Montale conta com a presença de 35% dos estudantes, seguindo a normas de restrições sanitárias vigentes.

Paola Capraro – Diretora da escola Eugênio Montale

“Estamos com aulas presenciais para os pequenos, Infância e Fundamental 1, garantindo o ensino híbrido para aquelas famílias que optaram por não mandar as crianças à escola”, explica a diretora. “Para Fundamental 2 e o Ensino Médio, por enquanto, as aulas são só no remoto, pois eles são mais autônomos e tem facilidade no uso da tecnologia”, completa.

Para se chegar a este formato, educadores e estudantes passaram por um processo de adaptação repleto de desafios.

“É claro que faltou uma parte fundamental do espaço da escola, na sua função social, como um lugar que pertence só às crianças, e em casa tiveram que dividi-lo com os outros membros da família”, conta. “Mas as crianças são muito competentes e conseguiram se adaptar em um tempo razoavelmente rápido”, diz Paola.

A diretora explica que em poucos dias após início do distanciamento social, os professores já tinham elaborados estratégias para as aulas neste novo formato. Um processo desafiador, como explica a educadora Giuliana Colarullo, professora de turmas do 1° ciclo dos Anos Iniciais:

“Com o advento da pandemia, precisamos fazer uma reorganização quase total da metodologia de ensino considerando a mudança repentina para a modalidade remota. Neste sentido, o maior desafio foi a adaptação às ferramentas tecnológicas no âmbito didático em um prazo de tempo muito curto”, explica. “Precisamos nos apropriar dos recursos com uma didática a distância, entrar nas casas de nossos alunos, eles nas nossas, e entretê-los de uma forma a garantir um processo de aprendizagem no mínimo similar ao presencial”, diz Giuliana.

“Com certeza passei por uma transformação a 180 graus. Muitas descobertas, reflexões e ressignificação constantes que não findarão com o retorno total presencial. Pudemos perceber a importância de trazer a tecnologia como linguagem de aproximação à realidade de nossos alunos. Esta experiência catalisadora foi incrível e imprescindível para aprimorar nossa prática docente e não resta dúvida que o benefício do uso adequado e planejado destas metodologias aliadas continuarão sendo alavancas muito importantes e de vanguarda para o nosso olhar sobre a Educação. Sempre digo: o professor que teve oportunidade de atuar durante a pandemia terá um diferencial incomum em relação aos professores iniciantes pós pandemia. Seremos precursores e temos uma grande responsabilidade em compartilhar nossas experiências para o bem comum da Educação.” – Giuliana Colarullo, educadora de turmas do 1º ciclo dos Anos Iniciais da Escola Italiana Eugenio Montale

Um ponto fundamental para a rápida adaptação a tantas mudanças foi a formação dos professores em ferramentas para o ensino online. Neste sentido a Montale contou com o apoio da Tríade Educacional. “A Tríade nos ajudou muito, pois não só nos forneceu e apresentou as várias ferramentas, como nos mostrou que era possível e muito viável manter a nossa concepção de aprendizagem baseada em projetos e o protagonismo do aluno de forma online”, explica a diretora Paola.

Mesmo com a transposição do espaço de aprendizagem do presencial para o parcialmente remoto, e as perdas que isso representa na interação social e na oportunidade de trocas, tanto Paola quanto Giuliana relevam grandes conquistas e aprendizagens com o ensino híbrido, no modelo em que os alunos têm uma trilha de aprendizado e realizam as atividades no próprio ritmo com o professor à disposição para tirar dúvidas.

“A maior conquista foi perceber que conseguimos alcançar os objetivos e criar laços e espírito de grupo mesmo a distância”, diz Paola. Algo que se reflete na fala da educadora Giuliana: “Minha maior conquista foi, sem dúvida alguma, conseguir alfabetizar por volta de 80% do grupo através do ensino remoto, visto que minha turma era o Primeiro Ano, uma classe cheia de expectativas já no modelo presencial. Foi um trabalho árduo, mas com o envolvimento dos alunos e o apoio da escola e famílias, a trajetória seguiu seu fluxo”.

Giuliana destaca também a proximidade dos membros da família, que puderam ver de perto e em tempo real como se dá todo o percurso de um processo didático. “Para tornarmos possível algumas atividades e concluir projetos, precisamos contar muito com a colaboração das famílias, seja para adequar as aulas em casa como garantir os dispositivos, ou ainda, enviar atividades diversas. Isto trouxe muitos questionamentos e também empatia”, diz.


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